Celebrar a liberdade, o trabalho e os trabalhadores

Num momento de grandes dificuldades para o país devido aos constrangimentos impostos pelo surto da Covid-19, o 25 de Abril e 1º de Maio não poderão assinalar-se nos moldes a que estamos acostumados, em festa e em conjunto com os trabalhadores, pelo que optaremos pela solução adotada pela nossa Central Sindical, UGT, para celebrar essas duas importantes datas, privilegiando as redes sociais e o correio eletrónico como veículo de propagação da nossa mensagem.

Estas são datas que não podem nunca deixar de ser assinaladas, apesar dos tempos difíceis que atravessamos e da contração económica que se está a verificar, a defesa da liberdade, do trabalho e dos trabalhadores assumem ainda maior relevância.

Mais do que nunca se torna evidente que a liberdade e o direito ao trabalho são bens precioso e essenciais ao funcionamento das nossas sociedades democráticas, devendo ser preservados a todo o custo por todos, incluindo o Estado e as empresas.

Em termos gerais, importa neste 1º de Maio apelar ao Estado e a todos os agentes económicos para que recorram a todos os meios ao seu alcance, incluindo o diálogo social e a negociação coletiva, para manterem cada posto de trabalho e o pagamento integral dos salários, assegurando desse modo a subsistência dos trabalhadores e suas famílias, conseguindo assim que os impactos negativos desta crise pandémica possam ser rapidamente ultrapassados e que Portugal possa retomar o caminho da recuperação e o crescimento económico e social.

O SINTAP apela ao Governo no sentido de garantir a manutenção de todos os postos de trabalho, evitando despedimentos injustificados, em todos os serviços públicos da Administração Central, Regional e Local, no setor empresarial público, bem como nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, seja qual for o vínculo laboral.

Todos os trabalhadores que continuam a desempenhar funções para que o país consiga dar resposta a uma crise que nos está a colocar todos à prova, em especial os trabalhadores da Saúde, da Educação, da Justiça, das Forças de Segurança, das Autarquias, da Segurança Social, das Autoridade Tributária, da ASAE, da ACT, IPSS, Misericórdias, e de muitos outros serviços, estão a demonstrar claramente que o capital humano é o bem mais valioso que o Estado tem ao seu dispor, e cujo profissionalismo e empenho estão a revelar-se armas preciosas no combate a este flagelo, devem ser alvo, para além deste importante reconhecimento, da valorização dos seus salários e da imediata atribuição do subsídio de penosidade, salubridade e risco.

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